Estamos cada vez mais próximos de criar órgãos de substituição com a descoberta da proteína chamada Meox1, presente nas células estaminais, e esta célula, é responsável por promover o crescimento muscular.

É extremamente importante conseguirmos criar órgãos de substituição, pois é algo que trará uma revolução ao mundo da saúde, evitando a existência das gigantescas listas de espera para dadores de órgãos, e todos os milhares de mortes que acontecem todos os anos, a todos os pacientes que não resistem à espera sem fim nestas.

Pesquisadores da Universidade Australiana Monash, descobriram a proteína ao investigar o peixe-zebra, um pequeno peixe nativo Asiático, que é diversas vezes utilizado como modelo para os humanos devido às suas similaridades biológicas e à sua rápida velocidade de crescimento.

O peixe-zebra apresenta uma anatomia bastante similar à nossa, tendo dois olhos, uma boca, cérebro, músculos, sangue, ossos e dentes, e para além disso, eles apresentam também muitos dos órgãos que nós temos como é o caso do coração e do rim, e por fim, cerca de 70 porcento dos genes do ser humano, podem ser encontrados neste peixe.

Graças a este peixe, conseguimos agora perceber como a Meox1 e as células estaminais trabalham, uma vez que antes deste estudo não tínhamos conhecimento da existência destas células estaminais de crescimento, nem como estas eram utilizadas. A simples descoberta da sua existência, é um passo gigante para conseguirmos atingir o objectivo de crescer órgãos de substituição em laboratório.

Um dos maiores entraves da produção de órgãos em laboratório, era o nosso desconhecimento sobre como as células estaminais conseguem produzir tanto tecido vivo, e através deste estudo, foi descoberto que estas células estaminais não estão apenas a se dividir ou crescer, mas sim a clonar, para criar os músculos.

Apesar de ainda estarmos longe de conseguir crescer os órgãos em laboratório, esta descoberta por si é um avanço gigante, pois apesar de não sabermos ainda como estimular a produção de tecido vivo, sabemos agora como o nosso corpo o produz, o que é um ponto crucial para o crescimento destes.

Fonte: Ultimate Science