Monday, October 7, 2024
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Um grupo de investigadores portugueses estão a participar num projecto internacional que visa desenvolver um dispositivo portátil para diagnosticar o cancro do ovário em poucos minutos, e, simplesmente, através de uma gota de sangue.

O projecto, distinguido com o Prémio Inovação em Saúde i3S Hovione Capital, no valor de 35 mil euros, distingue ideias inovadoras na área da saúde.

 

O dispositivo utiliza pequenas amostras de sangue (dois ou três microlitros), e possibilita a obtenção de uma análise em poucos minutos, explicou à Lusa a investigadora Inês Pinto, do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), de Braga, a entidade portuguesa envolvida no projecto.

O resultado é conseguido através da verificação da existência de um biomarcador “inovador”, identificado por esta equipa de investigadores. A tecnologia é portátil, e foi desenvolvida pela equipa afim de ser diferente das já existentes, criada em ambiente hospitalar e permite uma maior flexibilidade de monitorização de uma doente, mesmo após esta já ter sido diagnosticada com cancro do ovário.

 

“Não é necessário um laboratório tecnologicamente elaborado ou um técnico especializado para operar este novo dispositivo visto que pode funcionar como um teste simples e rápido, o que leva à uma redução significativa de custos e permite uma descentralização de serviços”, afirmou a investigadora.

E o diagnóstico conseguido com este dispositivo, que foi desenvolvido em parceria com a Swansea University College of Engineering e o Centro de NanoHealth, do Reino Unido, permite ainda às doentes, ter uma terapêutica “mais adequada”. Este dispositivo pode ser utilizado com outros biomarcadores, afim de detectar outros tipos de doença, adiantou ainda Inês Pinto.

 

Segundo a cientista, o cancro do ovário é detectado em mais de 75% dos casos, já em estados avançados, estando assim associado uma elevada taxa de mortalidade.

Os investigadores foram também distinguidos pelo projecto “AntiBioCoat”, desenvolvido por investigadores do i3S, que propõe um novo tipo de revestimento anti adesivo para cateteres, e o “Delox”, da Universidade de Lisboa, que apresentou um novo processo de vaporização de peróxido de hidrogénio para esterilização em ambiente hospitalar.

O dispositivo utiliza pequenas amostras de sangue e possibilita a obtenção de uma análise em poucos minutos.

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