Tuesday, November 12, 2024
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Cientistas descobriram que há um gene que está envolvido no processo de desenvolvimento e progressão da doença e que pode ajudar no diagnóstico e prognóstico do cancro do pâncreas, um dos mais dificeis de detectar.

 

Inês Faleiro e um grupo de investigadores do CBMR, liderados por Pedro Castelo-Branco, acabam de publicar na revista Future Oncology um artigo científico que se debruça sobre a descoberta de um novo biomarcador que permite detetar precocemente o cancro do pâncreas.

 

A investigação, levada a cabo pelo grupo de Epigenética e Doença Humana, do Centro de Investigação em Biomedicina, mostra, assim, que a metilação do THOR, uma região específica do gene da telomerase, que tem a particularidade de estar sempre “ativo” em casos de cancro, permite detetar a doença numa fase em que esta ainda não pode ser detectada a “olho” quando vista ao microscópio.

 

No entanto, o potencial da descoberta deste novo biomarcador, vai ainda além das possibilidades de diagnóstico uma vez que, sendo mensurável em termos de percentagem, a análise dos níveis de metilação do THOR oferece aos investigadores importantes dados de prognóstico para compreender, em cada paciente, qual o estadio de evolução da doença e, inclusivamente, o seu grau de agressividade.

 

Esta descoberta revela que pacientes com elevados níveis de metilação do THOR apresentam tempos de sobrevivência inferiores e, pelo contrário, pacientes com baixos níveis de metilação do THOR parecem apresentar melhores perspetivas de tratamento.

 

Note-se, assim, que, sendo o cancro do pancrêas um dos cancros que apresenta maior taxa de mortalidade devido a um diagnóstico tardio, esta descoberta ganha especial importância se pensarmos que pode, a longo prazo e se implementada na área clínica, contribuir para uma deteção mais rápida da doença, possibilitando maior eficácia em termos de tratamento e podendo vir a permitir, no futuro, contrariar as decepcionantes taxas de sobrevivência neste tipo de cancro.

A descoberta deste novo biomarcador pode contribuir para uma deteção mais rápida da doença, possibilitando maior eficácia em termos de tratamento e podendo vir a permitir, no futuro, contrariar as decepcionantes taxas de sobrevivência neste tipo de cancro.

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