Tuesday, November 12, 2024
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O tabagismo, um das maiores causas de morte nos Estados Unidos, parece estar a ter uma tendência de abrandamento. A taxa de adultos fumadores desceu de 42% em 1965 para 15% em 2015. 

 

No entanto, um conjunto de outros fatores de riscos parecem estar a assumir o seu lugar. Fatores como o sedentarismo e o estilo de vida isolado parecem merecer atenção redobrada. Solidão, sedentarismo, privação do sono, bronzeamento artificial e uma dieta desiquilibrada matam tanto como fumar 15 cigarros por dia.

 

Solidão

O crescimento dos social media e o declínio dos contactos inter-pessoais levaram o cirurgião Vivek Murthy a rotular a solidão como uma epidemia mundial. De acordo com o médico, em alguns casos, pode mesmo ser letal.

Julianne Holt-Lunstad, professora de Psicologia na Brigham Young University, descobriu, através da sua investigação, que a solidão reduz a expectativa de vida dos indivíduos ao equivalente a fumar 15 cigarros por dia.

 

 

Sedentarismo

De acordo com um estudo realizado em 2014, estar sentado todo o dia aumenta o risco de desenvolver vários tipos de cancro.

Os investigadores incluiram nas suas análises 4 milhões de pessoas, com dados relevantes sobre quantas vezes se sentaram para assistir à TV, trabalhar ou realizar outro tipo de atividades.

Cada aumento de duas horas em tempos de ociosidade elevou os riscos para cancro do colón, do endométrio e do pulmão.

 

 

Privação do sono

O Disease Control and Prevention considerou a privação do sono como um problema de saúde pública. De acordo com este organismo, de 50 a 70 milhões de pessoas (só nos Estados Unidos), sofrem de distúrbios do sono.

Valery Gafarov, da Organização Mundial de Saúde, realçou, em 2015, que a privação do sono aumenta o risco de AVC e ataque cardíaco, de forma equivalente à de um fumador regular.

“A privação do sono deve ser considerada, tal como o tabagismo e o sendentarismo, como um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares”, acrescentou.

 

Solários Artificiais

O bronzeamento artificial pode até parecer uma versão mais controlada dos regulares “banhos de sol”, mas a verdade é que ambos são, potencialmente, mais perigosos do que fumar.

Em 2014, investigadores publicaram um estudo no JAMA que revelou que só o bronzeamento artificial levou a mais casos de cancro da pele do que fumar levou a casos de cancro do pulmão.

“Dado o grande número de casos de cancro da pele atribuíveis ao bronzeamento artificial, estes resultados destacam um importante problema de saúde pública”, escreveram, na altura, os investigadores.

 

Dieta desiquilibrada

Uma grande quantidade de estudos mostram que alimentos açucarados e processados são ricos em gorduras saturadas e, por esse motivo, podem expor os indivíduos a doenças potencialmente fatais em taxas semelhantes, se não maiores, do que o tabaco.

Em 2016, os investigadores concluíram que as taxas de mortalidade devido a dieta desiquilibrada excederam as de álcool, drogas, sexo desprotegido e tabaco, quando combinados.

 

Este artigo foi originalmente publicado pela Business Insider.

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