A Novartis, conhecida farmacêutica a atuar no ramo da saúde, recebeu esta semana aprovação da US FDA (Food and Drug Administration) para o uso de uma terapia baseada num receptor de antígeno quimérico (CAR-T), desenvolvida em conjunto com a Universidade da Pensilvânia. A terapia, que se destina a indivíduos até aos 25 anos de idade, visa tratar pacientes com leucemia linfoblástica aguda precursora (ALL), recorrente ou com recidiva.
Esta aprovação marca assim um passo decisivo na luta contra o cancro infantil. O processo, envolve recolher células T, do próprio sangue do paciente, reprogramando-as no laboratório e “ensinando-as” a reconhecer e a lutar contra as células cancerígenas, reintroduzindo-as, mais tarde, de volta no corpo do paciente.
Recordamos que esta nova abordagem representa uma vitória para os pacientes e para as suas famílias, bem como para a equipa de investigação uma vez que esta terapia é direccionada, sobretudo, para doentes cujas opções são já bastante limitadas.
Apresentamo-vos o caso de Emily Whitehead, uma criança diagnosticada com 5 anos de idade. Após um recidiva Emily esteve á beira da morte uma vez que o seu corpo se recusava a responder a qualquer um dos tratamentos existentes. Aos seus pais foi comunicado, pelo hospital local, que a única opção para Emily era ser entregue aos cuidados paliativos. Nunca baixando os braços, os pais decidiram contactar o Children’s Hospital of Philadelphia e foram informados de que a sua filha poderia integrar um ensaio clínico para esta nova terapia.
Embora Emily tenha sofrido com os severos efeitos do tratamento, Tom, o pai, confirma que 23 dias depois de ter recebido o tratamento com células reprogramadas não havia evidência de cancro na biópsia realizada.
Hoje, o cancro de Emily continua em remissão e a criança vive, finalmente, uma vida normal.
São histórias como esta que parecem ter inspirado os investigadores, levando-os além dos seus limites e fazendo o possível para, a partir dos seus laboratórios, tentar ajudar um número cada vez maior de pacientes.
Assim, este tratamento representa apenas o início de uma nova era no que diz respeito ao tratamento do cancro infantil, afirmando-se esta tecnologia como uma plataforma comum que pode permitir encontrar outro tipo de terapias para doentes em necessidades.
O processo, envolve recolher células T, do próprio sangue do paciente, reprogramando-as no laboratório e “ensinando-as” a reconhecer e a lutar contra as células cancerígenas, reintroduzindo-as, mais tarde, de volta no corpo do paciente.