Um novo estudo acaba de relacionar a vivência de experiências traumáticas com o aumento do risco para desenvolver doenças cardíacas

Se é sabido que fumar prejudica a saúde, e que a tensão arterial alta e o excesso de peso são fatores de risco, um novo estudo, publicado recentemente na Revista Science Daily, mostra que também fatores psicológicos podem estar na causa do desenvolvimento de doenças cardíacas.

De acordo com a investigação, as experiências traumáticas funcionam como elemento disturbador da saúde vascular conduzindo, a longo prazo, a problemas do foro cardíaco.

Sendo a doença cardíaca uma das principais causas de morte entre as mulheres, o estudo propôs-se a compreender o impacto de experiências traumáticas em mais de 272 pacientes com elevado número de experiências traumáticas e em idade pós-menopausa (momento em que o risco cardíaco aumenta).

O resultado mostrou que mulheres que vivenciaram um elevado número de experiências traumáticas – como a morte de um filho, abusos sexuais, graves acidentes rodoviários ou desastres naturais – manifestam um enfraquecimento da função endotetial tornando-se, assim, mais susceptíveis a incidentes cardíacos.

Como explica Rebecca Thurston, investigadora na Universidade de Petersburgo e responsável pela investigação, “estas descobertas ressaltam a importância dos fatores psicossociais, como a exposição ao trauma, no desenvolvimento de doença cardíaca em mulheres de meia idade”.

Assim, e como esclarece Joann Pinkerton, diretor executivo da The North American Menopause Society (NAMS),  “dada a larga percentagem de mulheres afetadas por doenças cardíacas, é necessário alertar os profissionais de saúde para a necessidade de discutir o histórico de vida dos pacientes ao invés de avaliar apenas a sua saúde física no momento em que estão a ser avaliados”.