- O fabrico de carros e a investigação em cancro são hoje objeto de uma troca de ideias única;
- As técnicas inventadas pela Ford estão a ser incorporadas naquela que está a ser projetada como a maior unidade de investigação em Cancro na Europa;
- As técnicas hospitalares usadas para tratar os big data estão a ser usadas pela Ford para conceber os veículos do futuro;
- Esta cooperação única iniciou-se no momento em que um dos trabalhadores da fábrica da Ford deu entrada no hospital para tratamento;
- Depois de ser diagnosticado com cancro, Mike Butler ficou fascinado pelo processo através do qual os pacientes estavam a ser tratados e viu nele uma oportunidade para introduzir as práticas da fabricação de carros ao universo clínico e hospitalar.
A trabalhar em conjunto com os seus colegas, na fábrica de montagem da Ford, em Colónia, na Alemanha, o auditor de qualidade Mike Butler e a sua equipa, investigaram e propuseram mudanças que estão agora a ser implementadas como parte daquela que se espera vir a ser a maior unidade dedicada ao tratamento do cancro na Europa.
Esta parceria une, assim, a equipa do Centre for Integrated Oncology (CIO), do Hospital de Colónia, com a equipa da Ford, permitindo a troca de conhecimentos acerca de diversos temas relacionados com as duas indústrias.
Assista ao vídeo aqui: https://youtu.be/lnIBA1QXBiw
“Passei cinco anos da minha vida em salas de tratamento e pensei muitas vezes em como poderia tornar a vida destes pacientes um pouco mais fácil”, disse Butler, que agora se encontra em remissão de um cancro no colón. “Tive um momento de ‘ideia da lâmpada’ quando percebi que muitos dos sistemas que asseguram que os automóveis funcionem sem problemas podiam ser aplicados num hospital. Agora, estamos diante de uma troca de ideias que está a beneficiar pacientes todos os dias, e que pode, inclusive, contribuir para a forma como estamos a desenhar o nosso futuro. Quanto mais trabalhamos em conjunto mais sinergias encontramos entre o nosso trabalho na Ford e os desafios encontrados no combate ao cancro.”
Foi em 2008 que uma equipa de médicos mostrou, pela primeira vez, que as tecnologias avançadas e os processos eficientes poderiam ser usados na produção dos veículos mais eficientes do mundo. Uma equipa de 10 a 15 engenheiros da Ford reuniram-se, então, com diversos administradores de hospitais, pacientes, enfermeiros, médicos e staff e a colaboração iniciou-se, ali, naquele momento.
Projetadas com o objetivo de proporcionar um tratamento menos estressante e mais rápido, as linhas coloridas que hoje são usadas nas paredes e nos pisos dos hospitais são apenas um dos resultados desta sinergia e parecem estar também a facilitar a equipa, os pacientes e os visitantes a encontrar caminhos; por sua vez, a utilização de grandes ecrãs está a permitir um melhor processo de comunicação entre os médicos.
Para além destas sugestões, a equipa propôs ainda a criação de quartos flexíveis, com divisórias amovíveis, ao invés de salas estanques e unidades de enfermaria fixas.
Repare-se que, para a construção e desenho desta nova unidade de investigação e tratamento do cancro, todos estes dados foram tidos em conta por forma a contribuir para uma melhoria no estado dos pacientes.
No entretanto, as equipas médicas do hospital estão também a orientar a Ford no que diz respeito a outro tipo de processos, ajudando-os a pensar “fora da caixa” na concepção de novas tecnologias para desenvolver os veículos do futuro.
“A Medicina é uma ciência nunca acabada na qual pequenas mudanças podem ter um grande impacto na vida dos pacientes”, sublinha o Prof. Dr. Michael Hallek, diretor do CIO. “Com a ajuda da Ford estamos a fazer grandes progressos que irão beneficiar as vidas e o tratamento de futuros pacientes ao longo dos próximos anos. Felizmente, alguns dos nossos métodos estão também a ajudar a Ford a desenvolver aquilo que parece ser a mobilidade do futuro”, acrescenta.
A trabalhar em conjunto com os seus colegas, na fábrica de montagem da Ford, em Colónia, na Alemanha, o auditor de qualidade Mike Butler e a sua equipa, investigaram e propuseram mudanças que estão agora a ser implementadas como parte daquela que se espera vir a ser a maior unidade dedicada ao tratamento do cancro na Europa.