Monday, November 25, 2024
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Vaporizar pode aumentar o risco de desenvolver certos tipos de cancro e, até mesmo, de ter um ataque cardíaco. De acordo com uma equipa de cientistas que estudou o efeito dos cigarros electrónicos em animais, a resposta parece ser concludente.

 

Os investigadores chegaram à conclusão que a nicotina inalada através dos cigarros electrónicos pode converter-se em químicos que danificam o DNA no coração, nos pulmões e na bexiga, diminuindo a capacidade de reparação do organismo.

 

Moon-shong Tang, professor de Medicina Ambiental na Universidade de Nova York, avança, no entanto, que, embora as mudanças em termos de DNA sejam semelhantes às verificadas num fumador passivo, é ainda necessária mais investigação para confirmar que a vaporização aumenta os riscos de desenvolver uma doença cancerígena.

 

Os investigadores estão agora a desenvolver experiências a longo prazo para avaliar o desenvolvimento de tumores em ratinhos expostos à vaporização proveniente dos cigarros electrónicos. Os resultados, esses, no entanto, podem demorar anos até vir a público.

 

Para já, o que se sabe é que o fumo do tabaco contém milhares de subtâncias químicas e que, pelos menos 70 delas, estão associadas ao desenvolvimento de cancro no corpo humano. O vapor proveniente dos cigarros electrónicos contém, no entanto,  uma quantidade menor de químicos, sendo composto, na sua maior parte, por nicotina, a substância que vicia os fumadores.

 

Para realizar este estudo, Tang expôs os ratinhos ao fumo dos cigarros electrónicos durante três horas por dia, durante cinco dias por semana, por três meses. A quantidade de nicotina usada no vaporizador foi de 10 miligramas por milímetro.

 

Ao fim dos três meses, Tang encontrou evidências de danos no DNA do coração, pulmões e bexiga dos ratos expostos ao vapores. Já para aqueles que respiraram um ar filtrado não foram registados quaisquer danos. Também os mecanismos de reparação do DNA se encontravam suprimidos nos ratos expostos ao fumo dos cigarros electrónicos.

 

Assim, ao observar a fundo as células do pulmão e da bexiga humanas, Tang conseguiu perceber que a exposição das células à nicotina e aos produtos químicos fazem com que estas mais facilmente se transformem em tecido tumoral.

 

Os detalhes do estudo foram publicados na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

 

Source: The Guardian

Vaporizar pode aumentar o risco de desenvolver certos tipos de cancro e, até mesmo, de ter um ataque cardíaco. De acordo com uma equipa de cientistas que estudou o efeito dos cigarros electrónicos em animais, a resposta parece ser concludente.

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