Provavelmente já ouvimos dizer que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Mas sabiam, que é a doença que mais mata no mundo… há mais de 50 anos!?
A estatística diz-nos que 1 em cada 3 pessoas irá provavelmente morrer devido a uma doença cardíaca. E cura?… Cura… nem vê-la.
A maioria das doenças cardiovasculares surge devido a problemas nesse pequeno órgão a que chamamos coração. Para perceberem o quão importante é o coração para o nosso corpo, gostamos de o comparar a um objeto fundamental no nosso dia-a-dia. Gostamos de o comparar ao motor de um carro.
Da mesma forma que um carro sem motor, não anda, um corpo, sem coração, não é capaz de bombear os nutrientes essenciais à sobrevivência de todos os órgãos e tecidos do nosso corpo.
O grande problema é que, da mesma forma que um motor sofre desgaste com o tempo, e se vai tornando cada vez mais débil, o nosso coração passa por uma situação bastante semelhante: com o tempo, o coração sofre lesões e, infelizmente, não é capaz de substituir as células mortas, neste caso, os cardiomiócitos, as células responsáveis pelos batimento do coração, por células novas com a mesma função. Então, o que o coração faz, é substituir estas células danificadas por um tecido fibroso, que nada mais é do que colocar uma fita-cola a remendar a lesão.
Na verdade, esta não é uma situação viável, porque da mesma forma que um motor danificado não tem a mesma performance, e, eventualmente, morre, também o nosso coração se transforma numa autêntica bomba-relógio que a qualquer momento poderá explodir.
Para combater este problema, utilizamos células estaminais como potencial método terapêutico para doenças cardiovasculares. Estas células possuem duas propriedades muito interessantes: por um lado, têm a capacidade de se auto-renovarem, isto é, de dar origem a uma célula filha, exatamente com a mesma função. Por outro lado, têm a capacidade de se diferenciarem, ou seja, de dar origem à maior-parte das células do nosso corpo, incluindo todas as células do coração.
Pretendemos assim, após uma lesão, utilizar estas células para substituir células danificadas por células estaminais com capacidade de virem a desempenhar exatamente as mesmas funções das anteriores.
E vocês perguntam… São as células estaminais a cura que tanto procuramos para as doenças cardiovasculares? Provavelmente não, mas podemos garantir-vos que estas têm um enorme potencial no sentido de manter o nosso coração viável durante muito mais tempo.
Porque, na verdade, enquanto o motor de um carro é passível de ser substituído, o motor do nosso corpo não é assim tão fácil de substituir.
Da mesma forma que um motor sofre desgaste com o tempo, e se vai tornando cada vez mais débil, o nosso coração passa por uma situação bastante semelhante: com o tempo, o coração sofre lesões e, infelizmente, não é capaz de substituir as células mortas, os cardiomiócitos, responsáveis pelos batimento do coração, por células novas com a mesma função.