Um grupo de investigadores da Arizona State University e da Chinese Academy of Sciences, em Pequim, usou recentemente estes nano-robots para tentar encontrar uma cura para o cancro.
Sofrer de uma doença, seja ela crónica ou não, é, cada vez mais, um problema comum. Embora a doença se inicie ao nível molecular, só consegue, porém, na maior parte das vezes, ser detectada quando os sintomas ocorrem.
Os átomos e as moléculas são tão pequenos que qualquer malformação dificilmente consegue ser detectada. Se o nosso organismo é constituído por químicos – contendo átomos, moléculas e a interação entre eles – e se a causa da doença não é encontrada rapidamente, a cura pode tornar-se impossível.
Mesmo no caso dos medicamentos, aqueles que são adequados a uma determinada pessoa podem não o ser para outra.
Na verdade, todos os medicamentos disponíveis no mercado são fruto de uma mistura precisa de um conjunto de moléculas cujo menor erro pode comprometer todo o resultado.
Ora, tamanha precisão requer mão de obra experiente, maquinaria de ponta e muitas despesas. É igualmente impossível, desta forma, personalizar o tratamento para cada doente.
Mas, com os NanoRobots essa realidade está prestes a mudar.
Estes robots têm a capacidade de manipular compostos de até 150 moléculas e ajudar a construir novos fármacos mais eficientes. Para além disso, são ainda extremamente úteis na detecção de doenças. Estas máquinas podem ser facilmente levadas para o interior do corpo humano e servir para rastrear e detetar infecções. Na realidade, apenas o seu tamanho reduzido o torna possível.
De momento, a robótica é considerada um ramo da física mas, na verdade, e com este tipo de aplicação, torna-se também parte da química.
Estes robots são feitos a partir de reacções químicas entre os diferentes elementos e, é por via da entrada química, que recebem os seus “comandos”.
Um grupo de investigadores da Arizona State University e da Chinese Academy of Sciences, em Pequim, usou recentemente estes nano-robots para tentar encontrar uma cura para o cancro. Ao invés de matar as células cancerígenas, a acção destes pequenos robots, bloqueia o fornecimento de sangue, tendo como alvo os vasos sanguíneos em redor da zona do tumor.
Embora esta abordagem possa causar problemas em adultos maduros, pode trazer benefícios para indivíduos nos quais existe um conjunto de vasos sanguíneos em regeneração.
Neste momento, o trabalho de investigação está a ser testado apenas em ratinhos, mas, os resultados são já bastante promissores.
A trombina ou fibrinofermento, uma enzima de coagulação sanguínea que é fixada à superfície, e que coagula os tumores, é o alvo. Para já, alguns encontram-se completamente curados e outros mostraram um aumento no tempo médio de vida.
A descoberta traz ainda claros benefícios para a indústria farmacêutica, uma vez que permite reduzir despesas e aumentar a investigação em torno de um conjunto de mistérios por solucionar e que podem ajudar a criar novos produtos.
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Writer: Priyanka (priyanka@scicomm.in) SciComm
Ao invés de matar as células cancerígenas, a acção destes pequenos robots, bloqueia o fornecimento de sangue, tendo como alvo os vasos sanguíneos em redor da zona do tumor.