Friday, April 26, 2024
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A capacidade de reescrever o código genético da vida é, atualmente, uma poderosa ferramenta. Ao longo dos últimos anos os cientistas revolucionaram a nossa capacidade para o fazer com a descoberta de uma ferramenta molecular, chamada CRISPR, que nos permite editar secções do ADN. Esta ferramenta corta partes específicas do ADN e permite substitui-las por novos segmentos, possibilitando eliminar doenças e dar aos indivíduos novos traços.

 

Embora fosse possível editar o ADN antes da descoberta do CRISPR, esta nova ferramenta permite-nos chegar muito mais longe e de forma mais económica do que alguma vez imaginámos.

 

Num artigo recente, publicado na revista Foreign Affairs, Bill Gates descreveu alguns dos modos através dos quais as tecnologias de edição genética revelam potencial para transformar o mundo em que vivemos.  Segundo o magnata, desde 1990, o mundo conheceu avanços significativos no campo da diminuição da mortalidade infantil, do combate à doença e do combate à fome.

 

No entanto, como explica, há ainda um longo caminho para percorrer.

 

“Se o mundo quer continuar este progresso notável, é essencial que os cientistas, ainda que sujeitos a regras de segurança e guiões de ética, sejam encorajados a continuar a retirar vantagem de ferramentas tão promissoras como o CRISPR”.

 

Recorde-se que Bill Gates tem sido um dos grandes defensores do uso de ferramentas de edição genética e foi, inclusivé, um dos primeiros investidores da Editas Medicine, uma das primeiras empresas a usar o método CRISPR para eliminar a doença humana.

 

Também os investigadores da Fundação Bill Gates trabalham há mais de uma década em formas de usar a edição genética para melhorar as plantações e eliminar os mosquitos transmissores da malária.

 

No artigo Bill Gates aponta, essencialmente, dois campos nos quais a edição genética pode vir a ter profundo impacto: na agricultura (através da edição genética de animais e de plantações) e na eliminação da doença (permitindo combater doenças genéticas – como a doença de Huntington; ou até mesmo o cancro, a cegueira e a malária).

©Getty Images

“Se o mundo quer continuar este progresso notável, é essencial que os cientistas, ainda que sujeitos a regras de segurança e guiões de ética, sejam encorajados a continuar a retirar vantagem de ferramentas tão promissoras como o CRISPR”.

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