Um grupo de investigadores norte-americanos acabam de desenvolver uma aplicação móvel que ajuda a detectar o cancro no pâncreas, um tipo de cancro que mata, anualmente, cerca de 358 mil pessoas em todo o mundo. O sistema proposto, e que funcionará através de selfies, permite agora detectar alguns sinais de alerta desta doença silenciosa.
Sabendo-se que um dos primeiros sintomas deste tipo de cancro é a icterícia (manifestada por uma cor amarelada na pele e nos olhos), causada pela acumulação de bilirrubina no sangue, esta aplicação digital – denominada BiliScreen – permite, então, detectar os níveis de bilirrubina através da esclera (parte branca do olho).
O processo será desenvolvido através da câmara do smartphone e de um conjunto de algoritmos computacionais que permitirão obter os dados que ajudam na triagem da doença para casos de doentes em risco.
Como explica Alex Mariakakis, criador da aplicação e aluno na Paul G. Allen School of Computer Science & Engineering, “o problema com o cancro do pâncreas é que, quando os sintomas aparecem, normalmente já é demasiado tarde”.
A ideia dos criadores da aplicação é que, ao fazer um teste simples, uma vez por mês, a comunidade esteja mais capacitada para detectar a doença numa fase inicial para que possam, atempadamente, ser submetidos com antecedência a tratamento.
A aplicação, criada em conjunto por médicos da Universidade de Washington e por engenheiros computacionais do UbiComp, foi testada em 70 pessoas, tendo sido identificados 89,7% dos casos utilizando a câmara embutida de um smartphone para recolher dados sobre a pessoa que se encontra na selfie.