Ana Teresa Maia, Isabel Palmeirim, Leonor Cancela, Maria João Bebiano e Teresa Dinis são cinco vultos nas suas áreas de investigação. Estão entre as 137 mulheres portuguesas escolhidas para integrar o livro “Mulheres na Ciência”, uma iniciativa da Agência Nacional de Ciência Viva que, assim, presta homenagem às mulheres cientistas portuguesas.
O livro, agora lançado e editado, reúne mais de uma centena de retratos de investigadoras portuguesas realizados pelos fotógrafos António Pedro Ferreira, Clara Azevedo, Daniel Rocha, José Carlos Nascimento e Luísa Ferreira.
Como explica Rosalia Vargas, Presidente da Ciência Viva, “este livro não esgota a participação das mulheres portuguesas que fazem ciência, mas pretende ser uma mostra do seu envolvimento na aventura do conhecimento. Convidámos investigadoras eméritas, cientistas seniores e jovens em começo de carreira e tentámos abordar o maior leque possível de áreas do conhecimento e de geografias”.
Da Biologia à Matemática, da Química às Ciências Sociais, da Física à Arqueologia, das Neurociências à Geografia, da Engenharia à História, das Ciências do Espaço à Filosofia, Mulheres na Ciência põe, para já, o foco em 137 investigadoras. 137 histórias de sucesso que têm contribuído em muito para o enraizamento da ciência na sociedade portuguesa e que, espera a Ciência Viva, possam vir a inspirar jovens a seguir a sua vocação.
Entre elas encontram-se Ana Teresa Maia, oncogeneticista, e Isabel Palmeirim, bióloga do desenvolvimento, ambas investigadoras do CBMR (Centro de Investigação em Biomedicina).
Contrariamente a muitas cientistas que iniciaram a sua atividade antes da revolução, Isabel Palmeirim e Ana Teresa Maia, garantem nunca ter sentido na pele qualquer tipo de discriminação pelo facto de serem mulheres.
Como conta à RTP1 Ana Teresa Maia: «Sou uma cientista com carreira pós 25 de abril e nunca senti que tinha de ser melhor que os homens para conseguir. Sempre senti que tinha de ser boa, de trabalhar sempre para ser o melhor possível. Porque só com qualidade no trabalho se vai subindo».
Com qualidade e um intenso programa diário de trabalho, que se tem refletido, ao longo dos anos, em diversos projetos e prémios ganhos, um pouco por todo o mundo, as duas investigadores integram, atualmente, o universo de 45% de mulheres que fazem investigação científica em Portugal.
Esperam pelo dia em que, em nome da igualidade, não seja necessário um livro em sua homenagem.
“Nunca senti que tinha de ser melhor que os homens para conseguir. Sempre senti que tinha de ser boa, de trabalhar sempre para ser o melhor possível. Porque só com qualidade no trabalho se vai subindo”
(Ana Teresa Maia)