Os ataques de sono são um dos principais sintomas da narcolepsia.
A reacção mais comum quando ouvimos a palavra narcolepsia é imaginar, imediatamente, uma pessoa que, de um momento para o outro, e sem que se dê conta, adormece. Pois bem, neste caso, esta é apenas uma das formas através das quais este síndrome afeta aqueles que dele sofrem. Porém, não é a única. Na verdade, existem diferentes níveis, uns mais ligeiros que outros, através dos quais a doença se pode manifestar.
Tratando-se de uma doença autoimune, que afeta tanto homens como mulheres e surge, normalmente, na adolescência ou até aos 20 anos de idade, a narcolepsia trata-se de um transtorno do sono, incurável, que tem origem no cérebro e provoca um cansaço extremo durante o dia.
Para saber se sofre de narcolepsia, mesmo que a um baixo nível, deverá estar atento a determinados sintomas que lhe devem indicar se é aconselhável visitar um especialista do sono.
Um dos principais sintomas é o chamado “ataque de sono”: a pessoa adormece de repente, de forma brusca, sem conseguir evitá-lo. Eduardo Estivill, neurofisiólogo e especialista europeu em Medicina do Sono, confirma que “se trata de um síndrome muito perigoso porque os ataques podem aparecer em qualquer circunstância: numa discoteca, enquanto se conduz, no trabalho, onde quer que seja, independentemente da atividade que se está a realizar no momento”.
Repare-se que, para além dos ataques de sono, os narcolépticos apresentam uma sonolência diurna – mesmo que tenham dormido o suficiente durante a noite – manifestando, uma sensação de grande cansaço.
Assim, se quando acorda se sente extremamente descansado e com muita energia e, passadas poucas horas, lhe surge, recorrentemente, uma sonolência excessiva e sem motivo aparente, deve ficar atento.
Outros do sintomas associados à doença é a perda de força muscular, sobretudo quando associada à vivência de emoções mais fortes.
Por fim, um terceiro e último sintoma são as chamadas alucinações hipnagógicas. “No momento em que estão a adormecer os pacientes têm pequenos devaneios, veem coisas irreais, quase como se estivessem sob o efeito de drogas”, esclarece Eduardo Estivill.
A narcolepsia trata-se de uma doença genética, que não pode ser prevenida, mas, cujos sintomas pode tentar ser suavizados com medicação e boas práticas.
“Trata-se de um síndrome muito perigoso porque os ataques podem aparecer em qualquer circunstância: numa discoteca, enquanto se conduz, no trabalho, onde quer que seja, independentemente da atividade que se está a realizar no momento”.