Wednesday, November 27, 2024
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O Mestrado Integrado em Medicina (MIM) da Universidade do Algarve está a ministrar, de 4 a 6 de setembro, aos alunos de último ano, um curso de Medicina de Catástrofe. A Medicina de Catástrofe é um “novo ramo da Medicina”, com características diferentes da Medicina de urgência, nomeadamente a nível ético e na forma de atuar.

 

Na opinião da médica e investigadora Ana Pinto de Oliveira, “para os alunos será muito importante terem acesso e poderem participar em projetos de investigação nesta área, não só na vertente da educação médica, mas também na vertente de saúde pública, sensibilizando e preparando a população para uma intervenção voluntária e eficaz em situações de catástrofe”.

 

O primeiro dia, 4 de setembro, foi dedicado a conceitos básicos de catástrofe, epidemiologia de catástrofes e impacto nos sistemas de saúde e nas populações.

 

O dia de hoje, 5 de setembro, centrar-se-á no sistema de comando e triagem, terminando com um “tabletop exercise”, ou seja um exercício que permite que as principais entidades se familiarizem entre si e com os respetivos papéis e responsabilidades, estimulando a discussão.

 

Na parte da tarde, e durante a manhã do dia 6 de setembro, os alunos terão aulas sobre os aspetos psicossociais e redução de risco de catástrofe, terminando com um exercício interativo.

 

No último dia terão ainda uma sessão sobre ajuda humanitária.

 

Além da médica e investigadora Ana Pinto de Oliveira, este curso conta ainda com a participação de dois investigadores convidados, um do Research Center in Emergency and Disaster Medicine, Novara, em Itália, e outro do Center for Research on Epidemiology of Disasters, Bruxelas, na Bélgica, que estão a colaborar com o Grupo de Investigação em Medicina de Catástrofe do Departamento de Ciências Biomédicas da UAlg.

 

Recorde-se que já em 2004, a World Association for Disaster and Emergency Medicine (WADEM; Madison, Wisconsin USA) recomendou a inclusão da Medicina de Catástrofe no ensino pré-graduado. Poucas foram as universidades que adotaram esta recomendação. Verifica-se ao nível do ensino da Medicina grandes lacunas neste tema, sendo muito poucas as faculdades a nível Europeu que integram a Medicina de Catástrofe nos planos curriculares.

 

Já no ano letivo 2016/2017, o MIM da UAlg passou a integrar no seu plano curricular um curso piloto de Medicina de Catástrofe. No ano passado, também adicionou ao curso a componente de ajuda humanitária.

Curso decorre de 4 a 6 de setembro na UAlg
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