De acordo com um novo estudo, usar o telemóvel num momento de pausa, durante tarefas mentalmente desafiadoras, não permite ao cérebro “recarregar” baterias e pode resultar numa má performance.
Para levar a cabo este estudo, os investigadores convocaram um conjunto de alunos universitários que tinham como missão resolver alguns quebra-cabeças.
Os participantes que fizeram pausas em que estiveram ao telemóvel manifestaram níveis mais elevados de esgotamento mental e situaram-se entre aqueles que menor capacidade tinham para resolver os problemas após o contacto com o telefone. Verificou-se que os seus níveis de eficiência e rapidez, após a pausa, eram aproximadamente os mesmos que antes da pausa, ou seja, como se esta nunca tivesse acontecido.
Note-se que o número de problemas resolvidos após a pausa, embora tenha sido ligeiramente melhor do que o daqueles que não fizeram pausa, ficou muito aquém do esperado.
Os participantes que fizeram uma pausa com o telemóvel nas mãos demoraram 19% mais de tempo a completar a tarefa e resolveram, no total, menos 22% dos problemas do que os restantes elementos.
“O acto de pegar no telemóvel entre tarefas ou a meio de uma tarefa está a tornar-se cada vez mais comum. É importante termos consciência do impacto que estes dispositivos estão a causar. Presumimos que o telemóvel não será muito diferente de qualquer outra interrupção, mas, pode levar a níveis cada vez mais elevados de distracção que dificultam o retorno às tarefas de trabalho”, afirma Terri Kurtzberg, Professor Associado de administração e negócios globais, na Rutgers University Business.
“Os telemóveis podem ter este efeito porque, o simples facto de os vermos, ativa em nós a necessidade de confirmar se temos mensagens, de nos conectarmos com as pessoas, de aceder a informação, e outras necessidades que os computadores não nos despertam de modo tão vivido, por exemplo…”.
The research appears in the Journal of Behavioral Addictions.
Source: Rutgers University